A luminosa passagem do Cacique Raoni pelo Tocantins

A passagem do Cacique Raoni pelo Tocantins deixou um rastro luminoso que não vai se apagar. Não bastasse seu conhecimento sobre políticas públicas de inclusão social e de proteção aos povos indígenas e populações tradicionais, deixou conhecimentos sobre a história do Tocantins que surpreenderam o desembargador Marco Villas Boas e o Secretário Estadual da Cultura, Tião Pinheiro, membros da Academia Tocantinense de Letras (ATL) e estudiosos dos povos tradicionais, da cultura e da história do Tocantins. A convite da Esmat (Escola Superior da Magistratura Tocantinense) capitaneada pelo desembargador Marco Villas Boas, Raoni ministrou, na última terça-feira, dia 21, a palestra “Direitos Humanos, Meio Ambiente e Povos Indígenas”, no Auditório do TJTO, ocupado por indígenas, populares e autoridades do Judiciário e Executivo. Antes do início do evento, Raoni relatou aos dois que ouviu do pai, que também ouviu do avô, que os Caiapó ocupavam o território onde estão localizados o Estado do Tocantins e sua capital, Palmas, mas em razão dos embates com os europeus, foram obrigados a procurar refúgio além do Rio Araguaia. Então, acrescentou, o Cacique, os indígenas do Tocantins são nossos parentes próximos. O desembargador Villas Boas agradeceu a Raoni por escrever mais essa página da história do povo tocantinense e pelo esclarecimento sobre o erro grafado nos anais da história do Estado, pois os estudiosos tinham que o topônimo Tocantins se referia aos indígenas conhecidos por “tucantins”, que significaria “nariz de tucano”. Na verdade, segundo o relato ancestral dos Caiapó, o nome Tocantins é uma mutação fonética de “kokaty” (cocatí), que significa rio grande.

Maio 24, 2024 - 05:49
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A luminosa passagem do Cacique Raoni pelo Tocantins

A passagem do Cacique Raoni pelo Tocantins deixou um rastro luminoso que não vai se apagar. Não bastasse seu conhecimento sobre políticas públicas de inclusão social e de proteção aos povos indígenas e populações tradicionais, deixou conhecimentos sobre a história do Tocantins que surpreenderam o desembargador Marco Villas Boas e o Secretário Estadual da Cultura, Tião Pinheiro, membros da Academia Tocantinense de Letras (ATL) e estudiosos dos povos tradicionais, da cultura e da história do Tocantins.

A convite da Esmat (Escola Superior da Magistratura Tocantinense) capitaneada pelo desembargador Marco Villas Boas, Raoni ministrou, na última terça-feira, dia 21, a palestra “Direitos Humanos, Meio Ambiente e Povos Indígenas”, no Auditório do TJTO, ocupado por indígenas, populares e autoridades do Judiciário e Executivo.

Antes do início do evento, Raoni relatou aos dois que ouviu do pai, que também ouviu do avô, que os Caiapó ocupavam o território onde estão localizados o Estado do Tocantins e sua capital, Palmas, mas em razão dos embates com os europeus, foram obrigados a procurar refúgio além do Rio Araguaia. Então, acrescentou, o Cacique, os indígenas do Tocantins são nossos parentes próximos.

O desembargador Villas Boas agradeceu a Raoni por escrever mais essa página da história do povo tocantinense e pelo esclarecimento sobre o erro grafado nos anais da história do Estado, pois os estudiosos tinham que o topônimo Tocantins se referia aos indígenas conhecidos por “tucantins”, que significaria “nariz de tucano”. Na verdade, segundo o relato ancestral dos Caiapó, o nome Tocantins é uma mutação fonética de “kokaty” (cocatí), que significa rio grande.