Relatório da Corregedoria-Geral sobre fuga de presos de Mossoró: falhas de segurança são admitidas, mas corrupção é negada.

A Corregedoria-Geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais divulgou, nesta terça-feira (2), um relatório sobre a investigação da fuga de dois presos do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. No documento, órgão ligado ao Ministério da Justiça admite falhas nos procedimentos de segurança, mas rechaça qualquer tipo de corrupção. “Há o indicativo de que houve falhas nos procedimentos carcerários de segurança. Devido a isso, foram instaurados três Processos Administrativos Disciplinares (PADs) envolvendo 10 servidores. Outros 17 servidores assinarão Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual se comprometem com uma série de medidas —entre as quais, não podem cometer as mesmas infrações e terão de passar por cursos de reciclagem", diz um trecho da nota, assinada pela corregedora-geral da pasta, Marlene Rosa. No relatório, a corregedora-geral afirmar que abrirá uma nova investigação "para continuar as apurações referentes às causas da fuga, com foco nos problemas estruturais da unidade federal". Ao mesmo tempo, Marlene Rosa finaliza o relatório dizendo que "a íntegra do relatório não será divulgada para não prejudicar a nova investigação e os procedimentos correcionais que estão sendo instaurados". A fuga de Mossoró está perto de completar dois meses. Em 14 de fevereiro, Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça conseguiram escapar de um presídio de segurança máxima, algo inédito na história do país. Até o momento, a Polícia Federal (PF) a Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontraram apenas vestígios dos detentos. Os dois detentos são acusados de ter ligações com a facção Comando Vermelho, no Acre, onde estavam presos até setembro do ano passado. Devido à repercussão do caso, inédito no país, o governo federal mobilizou cerca de 500 policiais (federais, municipais e civis) nas operações, além de integrantes da Força Nacional. Nas buscas, helicópteros, drones com sensor de calor e cães farejadores também estão sendo utilizados. Até o momento, a Polícia Federal prendeu sete pessoas suspeitas de terem facilitado a fuga dos acreanos. Segundo o ministro da Justiça, membros do Comando Vermelho estão ajudando os fugitivos. Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Clique aqui e faça parte do nosso canal no WhatsApp

abril 2, 2024 - 16:58
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Relatório da Corregedoria-Geral sobre fuga de presos de Mossoró: falhas de segurança são admitidas, mas corrupção é negada.

A Corregedoria-Geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais divulgou, nesta terça-feira (2), um relatório sobre a investigação da fuga de dois presos do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. No documento, órgão ligado ao Ministério da Justiça admite falhas nos procedimentos de segurança, mas rechaça qualquer tipo de corrupção.

“Há o indicativo de que houve falhas nos procedimentos carcerários de segurança. Devido a isso, foram instaurados três Processos Administrativos Disciplinares (PADs) envolvendo 10 servidores. Outros 17 servidores assinarão Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual se comprometem com uma série de medidas —entre as quais, não podem cometer as mesmas infrações e terão de passar por cursos de reciclagem", diz um trecho da nota, assinada pela corregedora-geral da pasta, Marlene Rosa.

No relatório, a corregedora-geral afirmar que abrirá uma nova investigação "para continuar as apurações referentes às causas da fuga, com foco nos problemas estruturais da unidade federal". Ao mesmo tempo, Marlene Rosa finaliza o relatório dizendo que "a íntegra do relatório não será divulgada para não prejudicar a nova investigação e os procedimentos correcionais que estão sendo instaurados".

A fuga de Mossoró está perto de completar dois meses. Em 14 de fevereiro, Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça conseguiram escapar de um presídio de segurança máxima, algo inédito na história do país. Até o momento, a Polícia Federal (PF) a Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontraram apenas vestígios dos detentos.

Os dois detentos são acusados de ter ligações com a facção Comando Vermelho, no Acre, onde estavam presos até setembro do ano passado. Devido à repercussão do caso, inédito no país, o governo federal mobilizou cerca de 500 policiais (federais, municipais e civis) nas operações, além de integrantes da Força Nacional. Nas buscas, helicópteros, drones com sensor de calor e cães farejadores também estão sendo utilizados.

Até o momento, a Polícia Federal prendeu sete pessoas suspeitas de terem facilitado a fuga dos acreanos. Segundo o ministro da Justiça, membros do Comando Vermelho estão ajudando os fugitivos.

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