Capim-dourado: multa de R$ 2,5 mil por venda ilegal da matéria-prima no Jalapão.

O capim-dourado, matéria-prima para confecção de diversos produtos, ainda não teve o prazo de coleta liberado. Mas o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) recebeu denúncia da venda ilegal da planta característica da região do Jalapão e multou em R$ 2,5 mil o infrator. O órgão apreendeu 8,44 kg da matéria-prima na quinta-feira (31). O capim-dourado só pode ser retirado dos campos entre 20 de setembro e 30 de novembro, por determinação da Lei Estadual nº 3.594/2019. A medida é voltada à preservação da espécie e só pode ser coletada por artesãos, extrativistas, agricultores familiares e produtores rurais licenciados. De acordo com o fiscal ambiental Erivaldo Martins, no momento da retirada, seja mantida a flor do capim-dourado, para garantir a continuidade da espécie. No momento da apreensão, o capim ainda estava com essa flor e isso também foi considerado crime ambiental. Conforme o fiscal, as pessoas autorizadas só podem coletar as hastes do capim-dourado, que precisam estar secas e maduras. Já as flores que crescem na ponta da haste devem ser espalhadas no campo, para que cresçam para a próxima colheita. “Por este motivo, é fundamental respeitar o período correto de coleta e seguir todas as normas estabelecidas na legislação”, explicou o fiscal. Além da apreensão e multa ao infrator, o Naturatins abriu um processo administrativo para apurar o caso. O órgão também vai informar o Ministério Público Estadual (MPE), que deve conduzir uma investigação criminal sobre a infração ambiental. A partir desta quinta-feira (1ª), o governo vai dar andamento na Operação Capim-Dourado, com ações de proteção da planta e à colheita deste ano. As ações vão focar em coibir coleta e transporte ilegais, no manejo, biopirataria e no combate a incêndios. Em setembro de 2023, um incêndio destruiu uma área de três mil campos de futebol no povoado Mumbuca, na região do Jalapão. A operação vai ser conduzida pelo Naturatins e terá apoio do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins, Secretaria de Turismo (Setur) e a Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot). As fiscalizações começam na sexta-feira (2) e seguirá até o fim do período da colheita. Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.

agosto 1, 2024 - 17:43
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Capim-dourado: multa de R$ 2,5 mil por venda ilegal da matéria-prima no Jalapão.

O capim-dourado, matéria-prima para confecção de diversos produtos, ainda não teve o prazo de coleta liberado. Mas o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) recebeu denúncia da venda ilegal da planta característica da região do Jalapão e multou em R$ 2,5 mil o infrator.

O órgão apreendeu 8,44 kg da matéria-prima na quinta-feira (31). O capim-dourado só pode ser retirado dos campos entre 20 de setembro e 30 de novembro, por determinação da Lei Estadual nº 3.594/2019. A medida é voltada à preservação da espécie e só pode ser coletada por artesãos, extrativistas, agricultores familiares e produtores rurais licenciados.

De acordo com o fiscal ambiental Erivaldo Martins, no momento da retirada, seja mantida a flor do capim-dourado, para garantir a continuidade da espécie. No momento da apreensão, o capim ainda estava com essa flor e isso também foi considerado crime ambiental.

Conforme o fiscal, as pessoas autorizadas só podem coletar as hastes do capim-dourado, que precisam estar secas e maduras. Já as flores que crescem na ponta da haste devem ser espalhadas no campo, para que cresçam para a próxima colheita.

“Por este motivo, é fundamental respeitar o período correto de coleta e seguir todas as normas estabelecidas na legislação”, explicou o fiscal.

Além da apreensão e multa ao infrator, o Naturatins abriu um processo administrativo para apurar o caso. O órgão também vai informar o Ministério Público Estadual (MPE), que deve conduzir uma investigação criminal sobre a infração ambiental.

A partir desta quinta-feira (1ª), o governo vai dar andamento na Operação Capim-Dourado, com ações de proteção da planta e à colheita deste ano. As ações vão focar em coibir coleta e transporte ilegais, no manejo, biopirataria e no combate a incêndios.

Em setembro de 2023, um incêndio destruiu uma área de três mil campos de futebol no povoado Mumbuca, na região do Jalapão.

A operação vai ser conduzida pelo Naturatins e terá apoio do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins, Secretaria de Turismo (Setur) e a Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot).

As fiscalizações começam na sexta-feira (2) e seguirá até o fim do período da colheita.

Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.