Polícia exuma corpo de uma das gêmeas que morreram em intervalo de oito dias em Igrejinha

Trabalho foi feito para que Instituto-Geral de Perícias possa realizar outros exames. Até agora, não há provas da causa da morte. Mãe das meninas está presa por suspeita de matar as filhas envenenadas.

Novembro 16, 2024 - 01:58
Novembro 16, 2024 - 10:07
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Polícia exuma corpo de uma das gêmeas que morreram em intervalo de oito dias em Igrejinha

O processo de exumação, que consiste em desenterrar o cadáver para a coleta de material biológico, foi feito na terça-feira (12), de maneira sigilosa, no Cemitério Municipal de Igrejinha. O pai das meninas, Michel Persival Pereira, de 43 anos, que é testemunha na investigação, confirmou a exumação.

O delegado do caso, Ivanir Caliari, preferiu não dar entrevista sobre o andamento dos trabalhos ou detalhes à imprensa para "preservar a investigação". A RBS TV apurou com fontes que o procedimento foi feito após os técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) não encontrarem substâncias que causassem a morte de Manuela nos exames feitos até o momento.

Sobre a morte de Antônia, até agora, também não foram identificadas causas possíveis para a morte. No início das investigações, a Polícia Civil apontou para a hipótese de que as meninas teriam sido envenenadas pela mãe.

O advogado de Gisele Beatriz Dias, José Paulo Schneider, afirma ter "convicção de que ela não matou essas crianças".

Mortes das gêmeas Antonia e Manoela Pereira são investigadas pela Polícia Civil - Foto: Arquivo pessoal

Prorrogação da prisão da mãe

Além da exumação, a Justiça autorizou, a partir de pedido da Polícia Civil referendado pelo Ministério Público, o pedido de prorrogação da prisão de Gisele. Inicialmente, a prisão era temporária com prazo de 30 dias, que se esgotariam na próxima sexta-feira (15), data em que a morte de Antônia completa um mês. Agora, a prorrogação é por mais 30 dias, ainda na forma de prisão temporária.

Para o advogado de Gisele, não há motivos para a manutenção da prisão da investigada. "A prisão tem a finalidade de permitir que as investigações transcorram naturalmente. E tudo o que está sendo feito e já foi feito pode ocorrer naturalmente com ela solta", diz José Paulo Schneider.

Os policiais envolvidos no caso o consideram de "alta complexidade", porque desafia a polícia e o IGP para encontrar provas para que seja solucionado sem, até o momento, ter um indicativo claro do que ocorreu com as meninas.

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