No Tocantins, os primeiros meses de 2025 têm sido marcados por casos alarmantes de violência de gênero. Entre janeiro e abril, foram registrados cinco feminicídios e 16 tentativas de feminicídio. Esses números refletem uma leve queda em comparação com o mesmo período de 2024, que contabilizou sete feminicídios. No entanto, especialistas ressaltam que a brutalidade e frequência desses crimes continuam a ser motivo de grande preocupação.
Um dos casos mais impactantes foi o de Marcilene Alcântara, uma jovem de apenas 23 anos que foi brutalmente assassinada a facadas por seu ex-companheiro em um bar em Araguacema. A irmã da vítima ressaltou que Marcilene estava em um momento de felicidade antes do crime, sonhando em reconstruir sua vida após a separação, o que torna sua perda ainda mais dolorosa. O ex-companheiro dela foi preso em flagrante e o julgamento está previsto para o dia 13 de maio.
O medo gerado pela violência contra as mulheres persiste em toda a sociedade tocantinense. Até o momento, foram registrados 204 descumprimentos de medidas protetivas de urgência neste ano, evidenciando a fragilidade das ações de proteção. Casos como o da jovem Míria Mendes, desaparecida desde agosto de 2023 e cujo ex-companheiro está preso por feminicídio, mostram que a luta contra a violência de gênero ainda é um desafio significativo. As investigações continuam e os órgãos competentes, como o Ministério Público e a Polícia Civil, seguem atentos aos casos denunciados.