O Governo do Estado do Tocantins determinou nesta quinta-feira (27) o desligamento imediato de mais de 1.600 jovens do Programa Jovem Trabalhador. A decisão foi comunicada pela Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) de forma abrupta, sem aviso prévio aos participantes.
Entre os demitidos estão grávidas, pessoas com deficiência (PCDs), quilombolas, indígenas e adolescentes em situação de extrema vulnerabilidade social. O programa, executado pela entidade Demà/Renapsi, tinha duração prevista de dois anos e oferecia formação técnica com remuneração.
Impacto Social Imediato
A medida classificada pela Demà como "quebra de compromisso" deixou famílias sem renda no final do mês. Mais de 1.600 jovens perderam sua única fonte de renda segura e a oportunidade de qualificação profissional.
A entidade executora destacou que a modalidade de contratação impede a transferência dos participantes para outros programas, deixando-os em situação de completo desamparo.
Características do Programa Interrompido
O Programa Jovem Trabalhador combinava formação técnica com experiência prática em ambiente de trabalho. Os participantes recebiam bolsa-auxílio enquanto se qualificavam profissionalmente.
O contrato previa duração de 24 meses, mas foi interrompido antes do prazo estabelecido, frustrando expectativas de jovens que buscavam romper com o ciclo da pobreza através do primeiro emprego.
Repercussão e Próximos Passos
A decisão do governo estadual ocorre em meio a promessas oficiais de desenvolvimento social no Tocantins. A Demà/Renapsi emitiu nota técnica alertando sobre as consequências sociais da medida.
Não houve justificativa oficial detalhada sobre os motivos do corte repentino, nem informações sobre possíveis medidas compensatórias para os jovens afetados pela decisão.