O ex-governador Mauro Carlesse, após mais de dois meses detido, foi liberado do Comando Geral da Polícia Militar nesta quarta-feira (19), graças a um habeas corpus aceito pelo STF. Carlesse, que foi preso em dezembro de 2024, é alvo de pelo menos cinco investigações que incluem alegações de desvio de dinheiro e fraudes em licitações. Ao deixar a prisão, ele descreveu a situação como absurda e afirmou estar sofrendo uma perseguição política.
Durante sua coletiva de imprensa, Carlesse se defendeu alegando que estava sendo perseguido por interesses políticos e que a ação judicial foi precipitada. Ele relatou que seu plano era viajar com a família e não fugiria para o exterior, desmentindo acusões que envolviam seu sobrinho, Claudinei Quaresemin, na suposta trama de fuga para a Itália e o Uruguai. As investigações mencionaram um aluguel de uma casa na Itália, mas Carlesse afirmou que escolheu um hotel durante uma viagem ao invés da residência arrendada.
A prisão de Carlesse foi autorizada pelo juiz Márcio Soares da Cunha, que apontou indícios de um possível plano de fuga. Apesar da soltura, o ex-governador ainda é alvo de investigações por corrupção, lavagem de dinheiro entre outros Crimes. As medidas cautelares que deve seguir foram impostas pela Justiça, e ele reafirmou que irá respeitá-las, enquanto continua a responder às múltiplas ações penais que enfrenta.